promoção | sonhos roubados

_______________________________________________

RESULTADO | O comentário sorteado foi o número 14. Parabéns, Amanda Olívia! Entraremos em contato por e-mail.
E obrigado a todos que participaram!

_______________________________________________

PROMOÇÃO PRORROGADA ATÉ DIA 25/04. PARTICIPE!

Resultado: 26/04

O receio de remorso, em parceria com a  Rede Brazucah, está sorteando um kit completo do novo filme da Sandra Werneck, Sonhos Roubados [para ler a resenha do blog, clique aqui], com camisa, livro As Meninas da Esquina, de Eliane Trindade, bottons, mouse pad e camisinhas.

Para participar, basta assistir ao trailer do filme e deixar nos comentários desse post, junto com seu nome completo, qualquer frase nele contida. Ao comentar, utilize um e-mail válido para entrarmos em contato. Só serão válidos comentários até o dia 23 de abril, estreia do longa nos cinemas, e o resultado sai dia 24 [sorteio via random.org, com o número do comentário vencedor]. Não serão aceitos comentários com o mesmo nome, e-mail ou ip.

Boa sorte!

Visite o site oficial e faça parte das redes sociais do filme, listadas na lateral do blog!

sonhos roubados [dir.: sandra werneck, 2009]

Assisti Sonhos Roubados pela primeira vez no Festival do Rio ano passado, numa sessão lotada no Odeon que aplaudiu o filme aos créditos finais. Reconhecimento merecido para o novo filme de Sandra Werneck [Cazuza – O Tempo Não Para], que capta, com um requinte visual que não camufla uma realidade incômoda, o impasse de três meninas da periferia carioca diante um cenário desestruturado, onde a família é inexistente, a educação é deficiente – um dia não tem aula porque o professor faltou, no outro, um traficante foi morto e daí tudo precisa ser fechado, e, em outros meses, greve dos professores -, a gravidez, precoce, e parece não haver muitas soluções para sobreviver com dinheiro no bolso – como uma personagem diz, “é preciso ralar muito pra ser gostosa”. Sem fazer julgamento de seus personagens, o roteiro, baseado no livro As Meninas da Esquina, de Eliane Trindade, catalisa o amadurecimento das protagonistas. Há uma pressa para crescer e a necessidade de largar a inocência, quase latente, mas aflorada nos sonhos mais inocentes e sentimentos femininos, de meninas que ainda têm desejos de meninas apesar de irem pra cama em troca de dinheiro. Poderia ser mais um filme retratando a carência do brasileiro. Porém, Sonhos Roubados não é exatamente sobre isso, e sim sobre o que se perde neste cenário.

Desde essa primeira exibição, assisti-o mais duas vezes. Sempre o filme me atinge de maneira muito dura, algumas cenas  ainda me desconcertam por me deparar com uma realidade para a qual tentamos – ou precisamos? – tapar os olhos ou talvez acabamos por esquecê-la já que, aparentemente, está distante. Mas concomitante a esse choque, há um envolvimento forte com as três personagens principais, o qual o longa alcança naturalmente à medida que cada drama pessoal, unidos pela forte amizade entre as meninas, se desenvolve, sob interpretações irrepreensíveis das jovens Nanda Costa [premiada no Festival do Rio como Melhor Atriz], Kika Lopes e Amanda Diniz.

Funcionando quase como uma versão ficcional do longa anterior da diretora, o documentário Meninas, Sonhos Roubados também recebeu o Troféu Redentor de Melhor Filme pelo júri popular e estreia dia 23 de abril. Um ótimo exemplar do cinema nacional que precisa ser assistido.

nota | 8

high school musical: o desafio [dir.: césar rodrigues, 2010]

Olha! Somos descolados!

Desta vez eu não poderia ir ao cinema sozinho. Precisava de companhia, uma pequena companhia. Arrastei comigo uma criança, após muita insistência e compras de guloseimas e pipoca, para assistir High School Musical: O Desafio, a versão nacional com pinta de #fail de High School Musical, que não é tão #fail assim se você gosta de música teen e números musicais animadinhos – algo que, talvez, eu goste com certa cautela. A curiosidade quase matou o gato. Saí vivo da sala, mas com vontade de enfiar um saco plástico na cabeça de constrangimento, o que, caso possuísse algum, já teria feito durante a sessão nos muitos momentos de vergonha alheia. Eu só conseguia pensar “eu tenho 21 anos!, não posso estar aqui por vontade própria”. Mas estava – e ainda custou dinheiro.

É importante saber o que esperar de um filme como esse antes de assisti-lo. Romance infantil, situações inverossímeis para deixá-lo com mais de 10 minutos de duração, músicas de qualidade questionável, arquétipos de personagens e estória previsível fazem todo sentido se levarmos em conta o material original para essa versão. Não dá para falar que o filme é uma merda por isso, colocá-lo em seu lugar é fundamental. Nesta caso, ele é uma merda também por isso. Porque já assisti dezenas de filmes que aderem a esse pacote de ideias prontas e as reciclam e o resultado é, ao menos, agradável. Agora, eles cantarem NX-Zero é algo que você não espera! E Wanessa ex-Camargo no elenco achando que tá abafando – e quando começa a cantar, piora, obviamente – é outro fator que valida a lei de Murphy: nada está tão ruim que não possa piorar.

Além desses graves pequenos detalhes, a falha maior de High School Musical: O Desafio reside justamente onde não poderia estar: nas sequências musicais. Nunca soou tão ridículo duas pessoas conversando começarem a cantar como se fosse a coisa mais normal do mundo, característica que, para mim, é o maior charme e encanto do gênero, mas aqui é comprometida pelas músicas e péssima dublagem dos atores. [Aliás, preciso ressaltar que todo o aspecto sonoro é extremamente ruim. Não são poucas as vezes que figurantes falam em cena e não são ouvidos pelo público. A impressão é que o filme foi, em sua maior parte, dublado pelos próprios atores, e de modo muito mal executado]. Se nem todos cantam bem – o protagonista, então, não convence como nada -, os números musicais são ainda mais comprometidos pelas coreografias pouco elaboradas, pecando pela falta de movimentos e originalidade. E é de se surpreender como uma direção pode piorar as coisas, como passear a câmera, no fim do filme, no rosto de cada ator principal – alguns até piscam para ela, acredite.

Chega, não comento mais nada até “fim de férias, as aulas já vão começaaaar / vida nova e sonhos pra alcançaaar / o novo ano começoooooooou” sair da minha cabeça. Ah sim, e quem falou que Lobo-Guará é um bom nome de time de futebol?

nota | 1,5